Já não sei andar só
pelos caminhos,
Porque já não posso
andar só.
Um pensamento visível
faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao
mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela
é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela
que não sei como a desejar.
Se a não vejo,
imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo,
não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer
força que me abandona.
Toda a realidade olha
para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro
2 comentários:
Para Aline Faro...
iai cara to de volta , com um texto um pouco sombriu, rsrsr mas voltarei a participar , gostei da nova cara do blog, abraço!!
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