17 de setembro de 2011

O Amor é uma companhia


Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro

2 comentários:

Darlã Fagundes disse...

Para Aline Faro...

MARCIO FREITAS disse...

iai cara to de volta , com um texto um pouco sombriu, rsrsr mas voltarei a participar , gostei da nova cara do blog, abraço!!