6 de fevereiro de 2013

A Fome de Morte

Tua fome ninguém mata!
Já levaste tanta gente...
Muito é pouco, pois, carente,
Levas mais, Caveira ingrata.

Tens a boca sem tamanho!
Sem tamanho tens o olho!
Levas brio, deixando abrolho
Aos que sobram do rebanho.

Quanta fome, ó Morte horrenda!
Vais comendo e a boca cresce
E não há quem isso entenda.

A Ciência desfalece...
Tal mistério não desvenda
Nem se recorresse à prece.

2010
Carlos Witalo

1 comentários:

Darlã Fagundes disse...

Muito louco mano...Tenho medo da morte...Esses poemas assim me deixam noiado!hehehehe!