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Era fácil contanto que não me tocasse
Havia uma bruma, um manto espesso e dentro uma gruta
Essa era a visão de dentro pra fora
Era mesmo fácil, chegavam, entravam, faziam fogueiras e moravam na gruta
Mas a bruma era minha, só eu a tocava, nem sei se a tocava...
E como um espírito sorrateiro em forma de fumaça
De repente
Viu um caminho de mistério onde ninguém nem se quer olhava
Não pense que lá havia o belo ou algo que encantava
Havia dúvidas, rastros de minhas próprias pegadas
E o sol do lado de fora aquecia, tocava
Só não havia escuridão, falsidade
E não, também nunca houve lá algemas nem amarras
Chegou sem aquecer e era ai que acertava
Nunca quis ganhar calor, gosto do frio da madrugada
E que assim também se vá sem por nem me tirar nada.
1 comentários:
Gosto do frio da madrugada...
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