5 de outubro de 2011

A Bruma

Era fácil contanto que não me tocasse
Havia uma bruma, um manto espesso e dentro uma gruta
Essa era a visão de dentro pra fora
Era mesmo fácil, chegavam, entravam, faziam fogueiras e moravam na gruta
Mas a bruma era minha, só eu a tocava, nem sei se a tocava...
E como um espírito sorrateiro em forma de fumaça
De repente
Viu um caminho de mistério onde ninguém nem se quer olhava
Não pense que lá havia o belo ou algo que encantava
Havia dúvidas, rastros de minhas próprias pegadas

E o sol do lado de fora aquecia, tocava
Só não havia escuridão, falsidade
E não, também nunca houve lá algemas nem amarras
Chegou sem aquecer e era ai que acertava

Nunca quis ganhar calor, gosto do frio da madrugada
E que assim também se vá sem por nem me tirar nada.

1 comentários:

Darlã Fagundes disse...

Gosto do frio da madrugada...