É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a
isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do
Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos
embriagueis sem tréguas.
Mas – de quê ? De vinho, de poesia ou de
virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis.
E,
se algumas vezes, sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de
um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a
embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à
estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a
tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes
que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o
relógio, hão de vos responder:
- É a hora da embriaguez ! Para
não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos;
embragai-vos sem cessar ! De vinho, de poesia ou de virtude, como
achardes melhor.
Charles Baudelaire
4 de abril de 2010
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3 comentários:
???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
não entendi nada!iuahuiahuihaa!
nem eu kkkkkk
ah darlan gostei da ideia cara como sempre traduz minha opinião!!
e vamos levantar o brinde antes da embriagues..
mas que invasão foi essa mesmo?
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