9 de maio de 2009

Soneto de minha queda

Quanta emoção me invade o peito agora
que os olhos meus marejam de saudade
por um amor que foi nem sei a hora
me desprezando vil, sem caridade...


Porque na estrada desse mundo errante
partiu sem pena tudo o que eu queria
para apagar o lume em que eu vivia,
para queimar minha alma vil de amante.


Chora minha alma, eu sei, desconsolada
- se é que existe ainda no meu ser,
- se é que pode ainda me alentar.


Porque sombrio eu sigo a minha estrada
uma agonia enorme a conceber
enquanto espero a vida me matar.