21 de outubro de 2013

Mais-que-perfeita Bromélia.

Ela não poderia mostrar quem era.
Sofria, calava, fingia na espera,
Espera de ver refletido na esfera
O ser que se é, desnudo; pudera?
Quem sabe dizer? É flor ou é fera?
Os dois, talvez; valente quimera...
Enfrenta problemas com força sincera,
Mas falta sair da bolha que gera
Questões tão profundas que há anos impera
E faz o abismo mesclar com a cratera.

Ela vê o amor, ou melhor: bem enxerga,
Mas dentro da bolha, é somente paquera.
Se o vulcão explodir nesta atmosfera
O mundo verá uma flor de bromélia,
Tão sábia e imortal como nunca houvera
Abrindo o início, talvez, de uma era.
Quem dera...

Manoelito Filho

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