3 de dezembro de 2008

Nunca Mais

Que nunca mais levantem a voz, que nunca mais gesticulem,
em púlpitos, altares, tronos,
apontando às direções, às alturas,
a horizontes inalcançáveis, das crenças, utopias.
Calem-se pregadores!
da moral, da justiça, da igualdade,
fechem-se os templos, congressos, e que nunca mais se ouça decálogos,
promessas redentoras, sermões.
Porque hoje sabemos das traições, das possessões dos condutores
e da empatia das multidões
pelas forças arquetípicas da loucura dos lideres,
tiranos a nos conduzirem a morte.
Porque hoje sabemos das associações do pensar
feitos das palavras impositivas do comportamento humano
sob as abstrações:
PODER, DEUS, SALVAÇÃO
e toda uma cultura dominada pelo verbo,
então calem-se para sempre,
líderes genocidas, técnicos da morte, teóricos revolucionários.
E que o homem seja silêncio e tempo
para revelar-se em acordo a si mesmo.

3 comentários:

Má Montes disse...

os meninos tem talento!

Carlinha disse...

Nunca mais...meesssmooo...

mto bom Darlan...adoro seus textos!!!!

Jaqueline Giarletti disse...

Que forte Darlã! Adorei!